sábado, 18 de setembro de 2010

Porque Politécnica?



Cefet, Cefeteq, Faetec, e outras tantas escolas técnicas espalhadas por aí.Mas pera aí, porque minha escola que também oferece cursos técnicos como as outras resolveu chamar-se politécnica??


Bem, para tentar desvendar tal mistério resolvi analisar o símbolo pelo qual essa instituição se expressa.Então, procurei uma pessoa que entende muito bem de como "isabelar", que disse:




1. As 4 linhas na horizontal representam um livro e o segmento na vertical uma planta.Desta forma, o livro que representa desde o período iluminista a fonte de sabedoria da humanidade estaria ensinuando que esta escola está "plantando" sabedoria.


Em seguida ela disse:


-Não, a probabilidade de ter sido isso é muito pequena.Mas, eu acho que agora eu já sei o que isso pode significar:


-Bem, pode ser uma gaivota com um pentelhão.Ou então, uma gaivota brincando de iô-iô.Aaaah, agora eu acertei, não?


-Bem, e se não for isso só pode ser: uma montanha com um sol e a linha que liga os dois é um raio solar ou um apito sendo colocado no c****


É... acho que agora não existem mais dúvidas da diferença de se estudar numa escola técnica e em uma politécnica, afinal provavelmente você nunca ouviria essa merda a não ser na Politécnica.






sábado, 28 de agosto de 2010

Dança do Créu


Dança do Créu

É créu!

É créu nelas! (2x)
"Vambora, que vamo"!
Prá dança créu
Tem que ter disposição
Prá dança créu
Tem que ter habilidade
Pois essa dança
Ela não é mole não
Eu venho te lembrar
Que são 5 velocidades...(2x)

A primeira é devagarzinho
Só o aprendizado.
É assim, oh!
Créeeeu...(3x)
Se ligou? De novo!
Crééééu...(3x)

Número 2!
Créu, créu, créu (2x)
Continua fácil, né?
De novo!
Créu, créu, créu, (2x)
Número 3!
Créu, créu, créu, créu...(3x)
Tá ficando dificil, hein?
Créu, créu, créu, créu (3x)!

Agora eu quero ver a 4!
Créu, créu, créu, créu (5x)
Tá aumentando mané!
Créu, créu, créu, créu (6x)

Segura DJ!
Vou confessar a vocês
Que eu não consigo
A número 5
DJ!
Velocidade cinco
Na dança do créu!!
Créu-Créu-Créu-Créu (7x)
Mc Créu

Em época de eleições como estamos, uma obra como esta nos é referência de reflexão, pois relata as condições que os políticos corruptos tem de "usar" o dinheiro do povo para beneficio próprio. O poeta relata esse apoderamento de dinheiro público pela expressão bastante popular: "Créu". E há uma ironia quando ele chama esse ato corrupto de "dança", onde você deve se adequar ao ritmo que está tocando, tomando cuidado pra não chamar atenção ou pisar no pé de alguém (ou seja, deixar que alguém se incomode com o seu trabalho). A vida de um candidato corrupto começa quando ele é eleito e vai pra Brasília, e isso está explicito no "Vambora, que vamo", ocultando o destino é claro.
Ela começa relatando as barreiras iniciais de enganar a população na frase: "Prá dança créu tem que ter disposição. Prá dança créu tem que ter habilidade, pois essa dança ela não é mole não...". Isso mostra que no inicio, o candidato tem uma certa dificuldade de "pegar o ritimo", até porque ele ainda não tem contato com todo esse mundo político na prática. Disposição para gravar milhares de propagandas e aturar os pedidos da população; habilidade e carisma para convencer que você é o "menos pior" dos candidatos, e, depois, habilidade para não ser pego.
No decorrer do poema o autor mostra os diferentes tipos de velocidade para estorquir o dinheiro público. Inicialmente, o candidato pode ir devagar, pois ainda não é conhecido no legislativo, porém quando seu mandato vai aumentando ou ele se elege para um cargo melhor, ele deve fazer isso de forma mais rápida para que ninguém perceba o que está acontecendo. São 4 velocidades, ilustrando os 4 anos do mandato de um político e a velocidade 5 só é possível se o candidato se reeleger, o que o torna um mestre, pois ele conseguiu passar 4 anos roubando e ainda sim se reelegeu. Como podemos observar, esta obra fala um pouco da "vida difícil" de um político corrupto, realçando seus talentos e habilidades de roubar sem ser pego nem pela CPI, nem pela população.


Isabel Cristina

A Filha da Lúcia Trabalha de Graça


A Filha da Lúcia Trabalha de Graça


Aê Lúcia não falei que a sua filha trabalha daquele jeito.
A filha da Lúcia trabalha de graça (2x)

Tá com marra de santinha chega pra mãe dela carinha de anjo
é toda acanhada,quando eu chego na mimosa
A filha da lúcia trabalha de graça (3x)
Se joga pra frente, ela impina a boneca
Se joga pra trás, ela impina o bumbum(2x)

A filha da lúcia trabalha de graça
Mais somos os filhos da Lúcia
se liga nessa parada
quando eu chego na mimosa, hãn

A filha da lúcia trabalha de graça (2x)

Os Novinhos


Esse funk remete às condições de escravidão existente em alguns pontos do Brasil como podemos ver, a "Filha da Lúcia", que é citada durante todo o poema que trabalha em condições deploráveis e desumanas. E afirmando que devido ao preconceito existente, a "filha da Lúcia" resolve omitir que trabalha na vila mimosa!
Ainda tem a questão da lesão por esforço repetitivo, onde podemos ver claramente que no trecho "Se joga pra frente, ela impina a boneca Se joga pra trás, ela impina o bumbum", o trabalho exercido por Filha da Lúcia é desgastante e mecânico, alienando o trabalhador.


Vitor Rodrigues

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Abre Essa Porta


"Abre essa porta que eu quero entrar

Calma amor...

Eu vou descer

Eu vou dançar

Abre essa porta que eu quero entrar

Eu abro minha porta e empino pra tu."


David Bolado



A obra musical acima refere-se a algumas cenas rotineiras enfrentadas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST).Desta forma, quando o autor diz "Abre essa porta que eu quero entrar", ele está retratando uma das principais formas de luta do MST: a ocupação de áreas agrícolas.Logo em seguida, encontramos um texto enxarcado de ironia ao simbolizar com a frase "Calma amor..." a posição angelical que veste a mídia os donatários das terras invadidas.

O verso " Eu vou descer, eu vou dançar", fala nada mais e nada menos, do medo vivenciado pelos trabalhadores que ali estão lutando por uma reforma agrária justa e igualitária, de suas condições de vida piorarem gradativamente.

Por fim, como acontece em poucos casos, o MST consegue ocupar aquela terra para a transformar em seu novo meio de sustento e sobrevivência, aonde é, portanto, na letra relatado com a frase "Eu abro minha porta e empino pra tu".Empina o que? A bandeira do MST.



Tais Almeida